O Lugar da Pessoa com Deficiência também é no Carnaval!

Imagem: fundo colorido com símbolos de carnaval ilustrados e em destaque ao centro, fotografia tirada no Bloquinho de Carnaval do Incluir Petrópolis deste ano de 2025 com duas pessoas em cadeiras de rodas em destaque.

O Carnaval é, por essência, uma grande celebração da diversidade. Nas ruas, nos blocos, nas escolas de samba e nos bailes, há espaço para todas as cores, ritmos, corpos e histórias. É a festa onde a liberdade de ser quem somos vibra em cada batida da bateria e em cada sorriso compartilhado. Mas, para que essa celebração seja genuinamente democrática, é fundamental que ninguém fique de fora — incluindo as pessoas com deficiência.

Promovendo inclusão no Carnaval

Incluir vai além de permitir a presença; é garantir a participação ativa e plena. Isso envolve oferecer acessibilidade nos desfiles e blocos, com rampas, intérpretes de Libras, banheiros adaptados e áreas reservadas.

Seria lindo; seria ideal; mas, sabemos que na prática é quase impossível, principalmente quando pensamos nos blocos tradicionais de rua, que acontecem em ruas que ainda são de paralelepípedos ou em locais históricos e que arrastam centenas ou milhares de pessoas.

Mas, mesmo sem a acessibilidade ideal, é possível INCLUIR.

Vamos dizer NÃO ao Capacitismo — a discriminação que, muitas vezes, subestima as habilidades e os direitos das pessoas com deficiência. O Carnaval é para todos, e qualquer obstáculo, físico ou atitudinal, precisa ser eliminado.

A empatia é a fantasia mais bonita que podemos vestir. Estar atento ao redor, perceber se alguém precisa de apoio, respeitar os espaços destinados a quem necessita e acolher a diversidade em todas as suas formas são atitudes que tornam a festa uma verdadeira expressão de inclusão.

Eventos de Carnaval Inclusivos

Também existem eventos promovidos para acolher Pessoas com Deficiência, para proporcionar a diversão com mais acessibilidade, de modo que se sintam mais pertencentes, e até para dar protagonismo à causa da Luta pela Inclusão.

Existem alguns espalhados pelo país, mas vou citar dois aqui do estado do Rio de Janeiro, dos quais já tive o privilégio de participar:

  • Bloquinho Incluir Petrópolis – Promovido pelo Incluir Petrópolis, uma organização sem fins lucrativos sediada na cidade de Petrópolis. O Bloquinho teve, em 16 de fevereiro de 2025, sua terceira edição e contou com a presença de aproximadamente 300 pessoas, banda – tocando sua tradicional marchinha “Tire as Escadas que Eu Quero Passar” – dentre outras conhecidas há muitos carnavais; e muita alegria de diversão.
Fotografia tirada no Bloquinho Incluir Petrópolis onde pessoas fantasiadas se divertem no carnaval. Em destaque, no centro da foto: Chen Li Cheng, fundador do Incluir Petrópolis, em sua cadeira de rodas motorizada, vestindo uma blusa com a logo do projeto e um chapéu mexicano preto com bolinhas penduradas; ao seu lado um homem com uma mascara de lobo mau; e um pouco atrás um casal vestido de colombina e pierrô.
  • Embaixadores da Alegria – Escola de Samba formada por pessoas com deficiência, alas, destaques, passistas, mestre-sala e porta-bandeira, bateria e comissão de frente com protagonismo de PCDs. A Escola desfila no dia 8 de março às 18:30h, na Sapucaí, antes do desfile das campeãs.
Fotografia tirada na Sapucaí, no desfile da Embaixadores da Alegria em 2024, de um casal de mestre-sala e porta-bandeira com T21 (pessoa com Síndrome de Down) ambos vestidos de azul e branco, apresentando a bandeira com a logo da Escola de Samba.

O Lugar da Pessoa com Deficiência é Onde Ela Quiser

Vamos lembrar que: um Carnaval inclusivo é um Carnaval mais cativante e diverso. A alegria só é completa quando é compartilhada por todos. Que neste carnaval, o ritmo da empatia e do respeito ressoe mais alto do que qualquer preconceito.

Que possamos transformar o Carnaval não apenas em uma explosão de cores e sons, mas também em um símbolo de um mundo mais justo e igualitário. Porque a felicidade, a alegria e a diversão são direitos de todos — sem exceção.

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