
O Carnaval é, por essência, uma grande celebração da diversidade. Nas ruas, nos blocos, nas escolas de samba e nos bailes, há espaço para todas as cores, ritmos, corpos e histórias. É a festa onde a liberdade de ser quem somos vibra em cada batida da bateria e em cada sorriso compartilhado. Mas, para que essa celebração seja genuinamente democrática, é fundamental que ninguém fique de fora — incluindo as pessoas com deficiência.
Promovendo inclusão no Carnaval
Incluir vai além de permitir a presença; é garantir a participação ativa e plena. Isso envolve oferecer acessibilidade nos desfiles e blocos, com rampas, intérpretes de Libras, banheiros adaptados e áreas reservadas.
Seria lindo; seria ideal; mas, sabemos que na prática é quase impossível, principalmente quando pensamos nos blocos tradicionais de rua, que acontecem em ruas que ainda são de paralelepípedos ou em locais históricos e que arrastam centenas ou milhares de pessoas.
Mas, mesmo sem a acessibilidade ideal, é possível INCLUIR.
Vamos dizer NÃO ao Capacitismo — a discriminação que, muitas vezes, subestima as habilidades e os direitos das pessoas com deficiência. O Carnaval é para todos, e qualquer obstáculo, físico ou atitudinal, precisa ser eliminado.
A empatia é a fantasia mais bonita que podemos vestir. Estar atento ao redor, perceber se alguém precisa de apoio, respeitar os espaços destinados a quem necessita e acolher a diversidade em todas as suas formas são atitudes que tornam a festa uma verdadeira expressão de inclusão.
Eventos de Carnaval Inclusivos
Também existem eventos promovidos para acolher Pessoas com Deficiência, para proporcionar a diversão com mais acessibilidade, de modo que se sintam mais pertencentes, e até para dar protagonismo à causa da Luta pela Inclusão.
Existem alguns espalhados pelo país, mas vou citar dois aqui do estado do Rio de Janeiro, dos quais já tive o privilégio de participar:
- Bloquinho Incluir Petrópolis – Promovido pelo Incluir Petrópolis, uma organização sem fins lucrativos sediada na cidade de Petrópolis. O Bloquinho teve, em 16 de fevereiro de 2025, sua terceira edição e contou com a presença de aproximadamente 300 pessoas, banda – tocando sua tradicional marchinha “Tire as Escadas que Eu Quero Passar” – dentre outras conhecidas há muitos carnavais; e muita alegria de diversão.

- Embaixadores da Alegria – Escola de Samba formada por pessoas com deficiência, alas, destaques, passistas, mestre-sala e porta-bandeira, bateria e comissão de frente com protagonismo de PCDs. A Escola desfila no dia 8 de março às 18:30h, na Sapucaí, antes do desfile das campeãs.

O Lugar da Pessoa com Deficiência é Onde Ela Quiser
Vamos lembrar que: um Carnaval inclusivo é um Carnaval mais cativante e diverso. A alegria só é completa quando é compartilhada por todos. Que neste carnaval, o ritmo da empatia e do respeito ressoe mais alto do que qualquer preconceito.
Que possamos transformar o Carnaval não apenas em uma explosão de cores e sons, mas também em um símbolo de um mundo mais justo e igualitário. Porque a felicidade, a alegria e a diversão são direitos de todos — sem exceção.