
Mais do que uma mudança visual, a nova logo traz uma mensagem de inclusão, equidade e conscientização social
O Brasil deu um passo importante ao adotar oficialmente a nova logo de acessibilidade criada pela ONU em 2015. Diferente do símbolo tradicional – a imagem de uma pessoa em cadeira de rodas, que durante anos representou o acesso para pessoas com deficiência – o novo ícone busca ser mais abrangente e inclusivo, representando a diversidade dos diferentes tipos de deficiência.
O antigo símbolo do cadeirante foi fundamental em sua época, trazendo visibilidade e assegurando direitos básicos de acessibilidade, especialmente em espaços físicos. No entanto, ele acabou limitando a compreensão da sociedade sobre o universo da deficiência. Essa representação única deixava de lado milhões de pessoas com deficiências como as auditivas e visuais, que possuíam símbolos diferentes, e principalmente deficiências intelectuais, cognitivas, entre outras.
Uma simbologia que propõe a conscientização sobre a diversidade
A nova logo surge, portanto, como um marco simbólico de evolução. Ao trazer uma figura humana de braços abertos em um círculo, ela transmite a ideia de acolhimento, integração e equidade. Mais do que um simples desenho, esse símbolo traduz a mensagem de que a acessibilidade deve contemplar todos e todas, respeitando as singularidades de cada indivíduo.
Essa mudança também tem caráter educativo: ao ampliar a representação, o novo símbolo convida a sociedade a refletir sobre a pluralidade das deficiências e a necessidade de eliminar barreiras, não apenas arquitetônicas, mas também comunicacionais, digitais e atitudinais. Afinal, acessibilidade não se resume a rampas e elevadores – ela envolve o respeito, a empatia e a promoção de condições para a plena participação social.
Mas o que muda além do símbolo?
A adoção da nova logo da acessibilidade no Brasil reforça o compromisso com os direitos das pessoas com deficiência, alinhando-se aos princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, da qual o país é signatário. Mais do que trocar um símbolo, trata-se de atualizar a forma como pensamos e agimos em relação à inclusão.
Que este novo ícone não seja apenas um detalhe gráfico, mas um lembrete constante de que acessibilidade é para todos, em todos os lugares. Um passo visual que pode gerar grandes transformações na consciência coletiva e na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.