A primeira participação brasileira em uma Paralimpíada foi em 1972, na antiga Alemanha Ocidental, em Heidelberg. E a primeira medalha foi conquistada 4 anos depois nas Paralimpíadas de Toronto, no Canadá, em 1976. Mas foi a partir dos Jogos Paralímpicos de 1984, em Stoke Mandeville (lugar que deu origem aos jogos paralímpicos, conforme contei na ultima matéria sobre como surgiram as paralimpíadas) que o time de atletas paralímpicos brasileiros começa a se destacar. E desde então, o Brasil esteve no pódio em todas as edições até aqui.
Desempenho nas Últimas Edições
Nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, com uma delegação de 287 atletas, o Brasil teve um excelente desempenho, terminando em 8º lugar no quadro de medalhas, com 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. Daniel Dias, na natação, foi um dos maiores medalhistas, somando nove medalhas.
Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2021, a delegação brasileira teve um desempenho histórico. Foram 259 atletas que competiram em 20 modalidades, conquistando um total de 72 medalhas: 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze. Esse resultado garantiu ao Brasil a 7ª posição no quadro geral de medalhas, marcando uma das melhores campanhas do país na história dos Jogos. Entre os destaques, está Yeltsin Jacques, que conquistou duas medalhas de ouro no atletismo (1500m e 5000m T11), e Carol Santiago, que se tornou a primeira nadadora brasileira a conquistar cinco medalhas em uma única edição dos Jogos, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze.

Delegação Brasileira de Paris 2024
Nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 a delegação brasileira foi composta por 280 atletas, uma leve redução em comparação com Tóquio 2021, sendo 255 paratletas, 19 atletas-guia, 3 calheiros da bocha, 2 goleiros do futebol de cegos e 1 timoneiro do remo. (Informações do Comitê Paralímpico Brasileiro: cpb.org.br )
O Brasil expandiu sua presença em algumas modalidades e a investiu em novos talentos, mantendo-se como uma das principais forças paralímpicas do mundo. E superou o número de medalhas conquistadas em Tóquio 2020 e no Rio 2016. Também bateu o recorde de medalhas de ouro.
No total foram 89 medalhas: sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Conquistando a inédita 5ª posição nos jogos paralímpicos, ficando atrás de China, Grã-Bretanha, EUA e Holanda.
O aumento no número de atletas e conquistas ao longo dos anos reflete não só o crescimento do esporte paralímpico no Brasil, mas também o fortalecimento das políticas de inclusão e acessibilidade tendo o esporte como uma ferramenta de transformação social. A trajetória dos nossos atletas inspira não apenas por suas conquistas esportivas, mas também por sua capacidade de superar preconceitos e combater o capacitismo.
O Futuro do Esporte Paralímpico Brasileiro
O sucesso dos nossos atletas é um claro exemplo de como a inclusão e a acessibilidade podem transformar vidas e elevar o esporte a novos patamares.
É fundamental continuar promovendo o esporte para todos e garantindo que cada vez mais pessoas com deficiência possam ter a oportunidade de acesso ao esporte adaptado e condições igualitárias para treinar, competir e brilhar.
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